Minha trajetória e trabalho profissional, desde os anos 1980, se fundamenta no que (a partir de 2001) tomou forma na proposição independente da “Espiral da Sensibilidade e do Conhecimento“. Basicamente, pode ser sintetizado em duas grandes linhas de pesquisa que atravessam minhas buscas e minha produção e articulam três eixos temáticos com inúmeras transversalidades entre elas nas atividades de ensinopesquisaextensão:
Em uma busca pessoal, há uma terceira linha de estudos que até aqui não tem expressão institucional:
“Imagino na entrada das universidades um monumento aos alunos sem nome dos ciclos básicos. Seguramente acompanhado do monumento aos professores sem nome. Estas são pessoas muito importantes, às quais não se dá importância alguma, senão quase que só numérica, no país. Esse monumento tem muita razão de ser, e é invisível, como os humanos aos quais é dedicado. É construído com ideias e afetos, com ações e experimentações. Tem uma espacialidade que se estende como uma respiração através de todos os meandros da instituição, reanimando as pessoas que estão sedentas de ar puro. Não com matéria, nem certificados, nem com registros. É criado animado por um espírito livre, como um sopro quase imperceptível, como passa imperceptível a multidão à qual se refere (dezenas de milhões!). Este monumento sem nome, deve nos lembrar uma espiral em busca da sua verdade com e diante dos outros, solidária: aprendizado.”
Euler Sandeville Jr. Paisagens Partilhadas. São Paulo: Tese de Livre Docência, FAU USP, 2011.